A reconstrução e alongamento ósseo é uma especialidade da ortopedia que visa corrigir desigualdades de comprimento de membros inferiores ou superiores. Além disso, trata deformidades de causa congênita, traumática ou neurológica em crianças e adultos. A técnica baseia-se na fixação do osso acometido, com fios ou pinos conectados através barras, sendo todo o dispositivo denominado fixador externo.

Logo após a fixação do dispositivo, é feita uma incisão no osso e, após um determinado período, é possível obter um novo osso, chamado regenerado ósseo. Ele surge depois da realização de um distanciamento constante e gradual das extremidades ósseas remanescentes. Dessa maneira, permite a restituição da forma e do tamanho original do osso. Assim, corrige, simultaneamente, o encurtamento e possíveis desvios com ajustes regulares no fixador externo.

O procedimento também é indicado para tratamento de fraturas que não consolidam (pseudoartroses) e infecções (osteomelites).

Como a reconstrução pode ser feita?

Com a reconstrução óssea realizada de forma segura e previsível, é possível não só o alongamento sob nova visão biológica, mas também o desenvolvimento de uma nova técnica, chamada osteossíntese de compressão-afastamento. Dessa forma, as falhas ósseas são corrigidas e o comprimento do membro é mantido. No entanto, se encurtado, pode ser gradualmente alongado por meio de uma corticotomia feita no osso sadio, afastado da falha óssea.

Assim, o segmento ósseo entre a falha e a corticotomia é preso ao fixador externo. Desse modo é possível tracioná-lo enquanto os seguimentos ósseos nas extremidades da falha e da corticotomia são mantidos estáveis, ou então, se necessário, também podem ser alongados.

Além deste método, a reconstrução pode ser feita também através de um procedimento minimamente invasivo com haste intramedular expansível. Este dispositivo é expandido cerca de 1mm por dia e permite que o paciente desenvolva até 8 cm de um novo osso.